Autores:
Antonia Rayna Fideles Lima1, Adeliane Ferreira da Costa2, Wenderson Pinto Neves3, Denilson da Silva Veras4.
1 Graduanda do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário FAMETRO
2 Graduanda do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário FAMETRO
3 Graduanda do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário FAMETRO
4 Mestre em ciências da saúde- UFAM; Especialista em fisioterapia em terapia intensiva neonatal; Docente no Centro Universitário FAMETRO
RESUMO
A gestação é um período em que as mulheres sofrem diversas adaptações no organismo decorrente das alterações hormonais. A gravidez altera toda a fisiologia da mulher, modificações ocorrem nos sistemas de seu corpo para que haja um melhor desenvolvimento do feto. A lombalgia durante a gestação é um sintoma comum, a sua etiologia ainda é desconhecida e a fisiopatologia mal compreendida, atualmente, não há consenso sobre os fatores de risco para lombalgia na gravidez. Objetivo: Identificar as principais causas da lombalgia durante a gestação. Metodologia: Tratou-se de uma revisão de literatura, foram realizados pesquisas nos sites: Scielo (Scientific Electronic Library Online), Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde), Pubmed (Biblioteca Nacional de Medicina), PeDro (Physiotherapy Evidence Database) e Livros da biblioteca da Fametro e online. Resultados: O uso do método de pilates para alivio do quadro álgico nas gestantes mostrou-se eficaz, melhorando assim a sua qualidade de vida diária. Conclusão: Concluir-se que a lombalgia gestacional pode ser considerada um acometimento frequente, limitando a paciente em suas atividades domesticas. Porém, o método pilates mostra-se eficaz para o tratamento das dores lombar, reduzindo as alterações e melhorando sua qualidade de vida.
Palavras-chave: Período Gestacional, Lombalgia; Pilates.
ABSTRACT
Pregnancy is a period in which women undergo various adaptations in the body due to hormonal changes. Pregnancy alters the entire physiology of the woman, changes occur in the systems of her body so that there is a better development of the fetus. Low back pain during pregnancy is a common symptom, its etiology is still unknown and the pathophysiology is poorly understood, currently, there is no consensus on the risk factors for low back pain in pregnancy. Objective: Identify the main causes of low back pain during pregnancy. Methodology: It was a qualitative and quantitative research in a non-experimental way, searches were carried out on the websites: Scielo (Scientific Electronic Library Online), Lilacs (Latin American and Caribbean Literature in Health Science), Pubmed (National Library of Medicine) , PeDro (Physiotherapy Evidence Database) and Books from the Fametro library and online. Results: The use of the Pilates method to relieve pain in pregnant women proved to be effective, thus improving their quality of daily life. Conclusion: It is concluded that gestational low back pain can be considered a frequent occurrence, limiting the patient in her domestic activities. However, the Pilates method is effective for the treatment of low back pain, reducing changes and improving your quality of life.
Keywords: Gestational Period, Low Back Pain; Pilates.
1. INTRODUÇÃO
A gestação é um período em que as mulheres sofrem diversas adaptações no organismo decorrente das alterações hormonais. Essas mudanças no organismo iniciam-se logo que ocorre a fecundação. As alterações são divididas em duas fases, a primeira fase é ate 28 semanas da gestação, é anabólica materna e fetal em que a gestante estoca 3,5 quilogramas de gordura e apresenta hipoglicemia e hipoinsulinemia. A segunda fase ocorre após 27 semanas, é uma fase catabólica em que a gestante queima gordura e promove hipoglicemia e hiperinsulinêmica e com isso o metabolismo de alguns elementos sofre alterações (WASKMAM, FAEAH, 2017).
De acordo com Brody, Hall (2012), a gestação altera toda a fisiologia da mulher, essas alterações incluem uma mudança significativa dos sistemas endócrino, respiratório, musculoesquelético e cardiovascular, modificações que ocorre para que haja um melhor desenvolvimento do feto. No entanto de uma maneira diferente toda grávida vai se adaptando as alterações fisiológicas.
Silva e Carvalho (2011), relatam sobre os hormônios produzidos durante a gravidez como a relaxina que contribuem nas alterações biomecânicas, acarretando um aumento da flexibilidade da articulação, hormônio esse que é produzido pela placenta, assim como o aumento do peso são responsáveis pelo deslocamento do centro da gravidade para frente, causando a postura característica da gestante (postura que a caixa torácica se inclina para trás, na junção toracolombar).
Baracho (2018) cita que as alterações respiratórias que devido basicamente ao estímulo da progesterona sobre o centro respiratório, a frequência e a amplitude das incursões respiratórias estão aumentadas. As modificações pulmonares anatômicas e fisiológicas nas pacientes gestantes conduzem basicamente a um aumento da capacidade inspiratória à custa de um decréscimo do volume residual funcional, como necessidade crescente para facilitar o maior transporte de oxigênio para a unidade fetoplacentária. A média respiratória de repouso aumenta um pouco, de 15 para 18 respirações por minuto, com decréscimo de 20 a 25% da tensão de CO2. Geralmente o acréscimo da capacidade respiratória é acompanhado por diminuição da capacidade residual funcional, do volume residual e do volume de reserva expiratória.
Para Stefane et al., (2013), a dor lombar não é um problema que é enfrentado somente na gravidez, mas é vista como um problema de saúde pública com importância clínica, social e econômica que afeta a população e que deve ser manejada de maneira efetiva. O manejo adequado da experiência dolorosa só é possível por meio da avaliação e mensuração desse fenômeno subjetivo e de fatores diretamente relacionados.
A lombalgia é definida por MADEIRA, et al., (2013), como toda e qualquer condição de dor ou rigidez, localizada na região inferior do dorso, situada entre o último arco costal e a prega glútea, podendo apresentar ou não irradiação para um, ou ambos os membros inferiores. Embora a lombalgia durante a gestação seja um sintoma comum, a sua etiologia ainda é desconhecida e a fisiopatologia mal compreendida, alguns autores atribuem as alterações hormonais e biomecânicas que ocorrem durante a gravidez.
Baracho (2018), afirma que o pilates trabalha a respiração, a consciência corporal e a musculatura estabilizadora da coluna, assim como os músculos do assoalho pélvico. E tem sido uma escolha frequente de mulheres grávidas entre as quais se tornou muito popular. O método Pilates é uma técnica corporal que, no contexto da fisioterapia, é usada como recurso terapêutico, situação em que é chamada de Pilates clínico e quando corretamente adaptado a mulheres com disfunções dos MAP (Músculo do Assoalho Pélvico) ou gestantes com lombalgia, oferece inúmeros benefícios e deve ser empregado, quase sempre, associado a outros recursos.
2.METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando artigos científicos em português e inglês, publicados entre os anos de 2011 a 2020. Utilizando a combinação dos seguintes descritores: Pilates, Período Gestacional, alterações Fisiológicas, dor lombar (lombalgia). Foram pesquisadas as bases de dados: PUBMED (Biblioteca Nacional de Medicina), PEDro (Physiotherapy Evidence Database), SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), Lilacs (Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciência da Saúde).
A busca dos artigos resultou em: 26 artigos pesquisados, dentre os 26, 7 da Scielo, 7 do Lilacs, 7 do Pubmed, 5 do PeDro. Foram utilizados como critérios de inclusão artigos publicados nos anos de 2011 a 2020, nos idiomas, inglês e português, relacionados com a temática em questão. Os descritores utilizados na busca foram: Pilates (Pilates), Período Gestacional (Gestation Period), Alterações Fisiológicas (physiological changes), Dor Lombar-Lombalgia (Backache). Foram utilizados como Critério de exclusão artigos indisponíveis na integra e que não abordassem o assunto em questão. Conforme o fluxograma abaixo (Figura 1).
3.RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este estudo de Gomes et al., trata-se de uma estudo de caso, foi composto por 21 gestantes com média de idade de 23 a 40 anos. A proporção de gestantes pertencentes a cada trimestre gestacional foi equivalente, ou seja, houve sete gestantes de cada um dos três trimestres gestacionais. Das gestantes analisadas 95,23% relataram dor lombar durante a gestação, sendo que 71,43% apresentavamna previamente à gestação. A maioria das gestantes, 57,14%, relatou sentir dor com duração superior a 60 minutos. A combinação de dor lombar com dor pélvica posterior foi verificada em 66,65% das gestantes, e 28,58% apresentaram somente dor lombar. Portanto observou-se prevalência de lombalgia nas gestantes analisadas, demonstrando ser fundamental o emprego de medidas educativas, preventivas e reabilitadoras, devido ao impacto negativo que as alterações advindas da gravidez podem ocasionar na qualidade de vida das gestantes.
Cortez et al., por meio de um estudo de caso realizados com 27 gestantes, não foi possível estabelecer relação das alterações posturais (pelos ângulos direito e esquerdo) com a presença da dor lombar nas participantes. Porém, o fato de estar grávida resulta em dor lombar de maior intensidade. Essa última relação foi enfatizada quando observou-se que o grupo de gestantes apresentou dor lombar de intensidade média de 2,95 pontos, contra intensidade de 1,15 do GC (Grupo controle), utilizando-se a Escala Analógica Visual (EVA). Referente à intensidade da dor na região lombar, o grupo II foi o grupo que apresentou a maior média, com dor moderada, seguido dos grupos grupo III, grupo controle e grupo I, com uma dor leve. Com relação às modificações da curvatura da coluna lombar, não foi possível estabelecer correlação estatisticamente significativa das alterações posturais apresentadas com a presença da dor lombar durante a gestação por meio da análise postural de todas as mulheres.
Araújo et al., realizou um estudo de caso com 07 (sete) pacientes que relataram queixa álgica na região lombar, com a faixa etária de 18 a 45 anos. O atendimentos foi realizados no período de 5 semana, as sessões consistia de 60 minutos, sendo duas vezes na semanais, o protocolo de atendimento consistiu de realização de exercícios de alongamento e aquecimento, exercício de flexão extensão de tronco, exercícios para o glúteo, utilizando-se a bola suíça, Cadillac com resistência de molas, cordas do Reformer, Chair e escada para subir e descer. Durante as sessões de Pilates os pacientes responderam a Escala Visual analógica (EVA) e Questionário Oswestry para Avaliação da dor lombar, dessa forma com o protocolo de método Pilates, as pacientes apresentaram uma melhora significativa do quadro de lombalgia, quadro este, que era presente antes do início do tratamento.
Soares et al., concordam com estudos que abordam a eficácia do pilates para diminuição de dores lombar no período da gestação, o mesmo relata que o método pilates é a forma ideal de exercício para trazer mais conforto a sua gravidez e ao parto, com foco na estabilidade da musculatura postural e do assoalho pélvico e no fortalecimento e alongamento suaves dos músculos. Ele melhora a concentração e lhe permite desenvolver um excepcional relacionamento com o seu corpo ao exercitar-se o que é especialmente importante durante a gestação. O pilates não só ajuda a melhorar sua força postural, mas também seu equilíbrio, coordenação e a qualidade de seus movimentos, sem sobrecarregar as articulações.
Ribeiro et al., por meio desse estudo de caso clinico com realização em paciente de 20 a 45 anos, forma realizados questionários de dor lombar de Oswestry, para ver o índice de incapacidade, cada pergunta é seguida por 6 afirmações, que progressivamente retrata um maior grau de dificuldade em realiza atividades, o grau de deficiência na comparação de um grupo A e B. Ao comparar as pontuações obtidas no Índice de deficiência funcional de Oswestry no início do estudo e após a última sessão de exercícios, a análise estratificada pelo grupo de intervenção mostrou que o grupo A teve uma pontuação média de 18% ± 14,1 no início do estudo e uma média pontuação de 2% ± 2,8 ao final do estudo; e essa o grupo B teve uma pontuação média de 16 ± 5,3% no início do estudo e uma pontuação de 3% ± 2,7 após o tratamento. Em comparação, o tratamento revelou que ambos os protocolos de tratamento foram eficazes na redução da dor e funcional deficiência (de acordo com o Oswestry Funcional Índice de Incapacidade).
Justino e Pereira, realizaram um estudo clínico controla e randomizado, em que participaram 15 mulheres entre a 13ª e 36ª semana gestacional com idade de 18 a 40 anos, divididas em 2 grupos, sendo um grupo controle, composto por 8 mulheres, e um grupo pilates, composto por 7 mulheres que realizaram 10
intervenções em solo, 2 vezes por semana, durante 5 semanas. O processo de avaliação antes e depois dos exercícios foi realizado através da Plataforma Estabilométrica e preenchimento da Escala Visual Analógica da Dor (EVA). Diante da análise estatística, o presente estudo demonstrou efeitos positivos significantes na comparação da redução da dor lombar pela EVA do grupo Pilates (p=0,001) em relação ao grupo Controle (p=0,1394). Quanto a variável na Oscilação Estabilométrica, não houve diferença estatisticamente significante, sendo p=0,680. O programa de exercícios do Método Pilates evidenciou redução na intensidade dor lombar das gestantes, entretanto, não foi constatada melhora estatisticamente significante na oscilação do centro de massa corporal.
Na pesquisa de Santo et al., o estudo realizado foi observacional descritivo de corte transversal, Participaram deste estudo 50 gestantes, sendo 25 primíparas e 25 multíparas, que se encontravam no terceiro trimestre de gestação. a prevalência de lombalgia gestacional foi de 82%, sendo a frequência maior nas multíparas (96%) quando comparadas as primíparas (68%), através dos dados coletados percebe-se que a maior parte das multíparas apresentava dor antes da gestação (48%), em relação à intensidade da dor 32% das participantes multíparas relataram o aumento do quadro álgico com a gestação. E Em relação às gestantes que relataram lombalgia, foi aplicado o Questionário de Oswestry de Desabilidade de Dor Lombar. Observou-se que no grupo das primíparas, a maior parte apresentou uma incapacidade intensa (82,4%) para a realização das atividades de vida diária e dentre as multíparas apresentavam dor ao ponto da incapacidade ser considerada aleijada (45,8%).
Carvalho et al., elaboraram um ensaio clínico controlado randomizado, Os desfechos principais foram clínicos (dor pela Escala Visual Analógica (EVA) e Questionário de Dor de McGill e incapacidade pelo Questionário de Roland Morris), e os desfechos secundários foram: equilíbrio postural (plataforma de força); nível de ativação muscular de multífidos, iliocostal lombar, reto abdominal e oblíquo abdominal externo (eletromiografia). As mulheres foram divididas em dois grupos por 6 semanas de intervenção duas vezes por semana para um tratamento de 50 minutos: 1) protocolo de exercícios de estabilização lombar e 2) protocolo de exercícios de alongamento. Ambos os grupos eram homogêneos para o período gestacional, idade e características antropométricas. Redução significativa da dor (P <0,05) foi obtido após a intervenção para ambos os grupos, com uma redução de 1,68 da diferença média tempo na escala de EVA e medidas do questionário de dor de McGill (d = 0,29, com uma redução de 4,81 da média diferença de tempo). No entanto, nenhum grupo significativo e efeito de tempo foi reportado à variável deficiência, apesar de uma gama de 2 a 5,37 em intervalo de confiança de 95% Ambos os grupos melhoraram seu desempenho de equilíbrio de medidas de controle postural após ambas as intervenções, com efeitos mais sensíveis e significativos. No entanto, nenhuma diferença de grupo foi encontrada para todos os músculos investigados durante as três tarefas com bola.
Tabela 1. Resultado do levantamento bibliográfico
ANO | AUTOR | TIPO DE ESTUDO | RESULTADOS |
2013 | Gomes et al., | Estudo de Caso | Das gestantes analisadas 95,23% relataram dor lombar durante a gestação, sendo que 71,43% apresentavam-na previamente à gestação. A maioria das gestantes, 57,14%, relatou sentir dor com duração superior a 60 minutos. A combinação de dor lombar com dor pélvica posterior foi verificada em 66,65% das gestantes, e 28,58% apresentaram somente dor lombar, portanto se faz necessário do tratamento Fisioterapeutico. |
2012 | Cortez et al., | Estudo de Caso | Os resultados deste estudo mostram que, pela análise postural das 27 gestantes e das 27 voluntárias, não foi possível estabelecer relação das alterações posturais (pelos ângulos direito e esquerdo) com a presença da dor lombar nas participantes. Porém, o fato de estar grávida resulta em dor lombar de maior intensidade. Essa última relação foi enfatizada quando observou-se que o grupo de gestantes apresentou dor lombar de intensidade média de 2,95 pontos, contra intensidade de 1,15 do Grupo controle.. |
2018 | Araújo et al., | Estudo Transversal | Foi observada grande melhora no quadro álgico após o tratamento na percepção das pacientes pelo EVA e não houve alteração de classificação no Questionário Oswestry, sendo todas classificadas com incapacidade mínima. Afirmando que o Método Pilates nessa população demonstra ser de grande eficácia pelos resultados bem sucedidos. |
2015 | Ribeiro et al., | Estudo de Caso | Houve redução significativa da dor (p = 0,043) e do Índice de Incapacidade Funcional (p = 0,042) com a aplicação de ambos os protocolos. Não houve diferença significativa na comparação entre |
os efeitos do Método Pilates e a Cinesioterapia Clássica com relação à dor e incapacidade funcional. | |||
2016 | Justino e Pereira | Estudo clínico controlado e randomizado | Os Resultados foram obtidos através do cálculo do tamanho do efeito entre o Grupo Pilates e o grupo Controle, para isso utilizou-se o software SPSS, foi utilizado teste de ANOVA One Way, com teste de post-hoc de Tukey com nível de significância de 95%. Essa análise demonstrou uma diferença estatisticamente significante na comparação da redução da dor pela EVA do grupo Pilates (p=0,001) em relação ao grupo Controle. Evidenciando a eficácia do método Pilates na redução do quadro álgico das voluntárias. |
2018 | Santos et al., | Estudo observacional descritivo de corte transversal | A prevalência de lombalgia gestacional foi de 82%, sendo a frequência maior nas multíparas (96%) quando comparadas as primíparas (68%). Em relação à incapacidade provocada pela dor, as primíparas apresentaram uma incapacidade intensa (82,4%) para a realização das atividades de vida diária e dentre as multíparas apresentavam dor ao ponto da incapacidade ser considerada aleijada (45,8%). |
2020 | Carvalho et al., | Ensaio clinico controlado randomizado. | Houve uma redução significativa (P = 0,03) na dor (1,68 na VAS e 4,81 no questionário McGill) para ambas as intervenções, mas nenhuma mudança no escore de incapacidade. Além disso, ambas as intervenções foram comparáveis para uma melhora significativa na estabilidade postural (em média d = 0,77) para o parâmetro de oscilação da velocidade e aumento significativo da ativação (P> 0,05) do músculo oblíquo abdominal externo após a intervenção. |
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo concluir-se que a lombalgia gestacional pode ser considerada um acometimento frequente e, em alguns casos, funcionalmente limitante e pode ser acentuada pela realização de atividades domésticas.
Portanto, mediante o estudo realizado o método Pilates mostrou-se eficaz para gestantes que possuem lombalgia. Os exercícios aplicados oferecem tanto benefícios físicos como emocionais, melhorando o quadro álgico, a postura e reduzindo as alterações fisiológicas decorrentes do período gestacional.
REFERÊNCIAS
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